Língua

domingo, 28 de fevereiro de 2010

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Esta língua é como um elástico
que espicharam pelo mundo.

No início era tensa,
de tão clássica.
Com o tempo, se foi amaciando,
foi-se tornando romântica,
incorporando os termos nativos
e amolecendo nas folhas de bananeira
as expressões mais sisudas.

Um elástico que já não se pode
mais trocar, de tão gasto;
nem se arrebenta mais, de tão forte.

Um elástico assim como é a vida
que nunca volta ao ponto de partida.

                                                      Gilberto Mendonça Teles

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